terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Quais lentes eu devo ter?

Fui surpreendido hoje com essa pergunta por uma pessoa que começou a fotografar a pouco tempo, essa é uma dúvida que todo fotógrafo iniciante tem, talvez eu nem seja a melhor pessoa para responder esse tipo de pergunta, mas vamos lá, vamos ver se posso ajudar.
Geralmente quando começamos a fotografar começamos com uma câmera DSLR que traz uma "lente do kit"que geralmente é composto por uma 18-55 mm, nas câmeras Nikon por exemplo isso é mais comum. Com essa lente é possível fotografar quase tudo, é possível aprender a fotografar, dominar a técnica e algumas pessoas inclusive fazem trabalhos com ela.
Mas muitas vezes com o tempo surge a vontade de ter outras lentes, muitas vezes por necessidade mesmo, porque a lente do kit não é adequada para determinado trabalho, aí que mora o perigo da compra compulsiva. É certo que o mundo da fotografia e dos seus mais diversos equipamentos encanta bastante, mas não é porque simplesmente algumas pessoas se encantam com o vasto mundo da fotografia e ficam ávidas por novas lentes que vai sair por aí adquirindo novas lentes só para ter na coleção.
Se você quer comprar outras lentes, mas não sabe direito qual você quer, espere. Não compre. Esse é o maior sintoma de quem compra por ansiedade somente, pois no dia que você precisar de fato de outra lente, você vai saber exatamente qual você precisa comprar. E muitas vezes você só vai saber qual outra lente precisa com o tempo, conforme você for escolhendo por um campo ou outro da fotografia.
Com o tempo e com o convívio com outros fotógrafos, você vai descobrindo qual o tipo de equipamento é o ideal pra você. Se você gosta de fotografias macro, você não vai de cara comprar uma 50 mm só porque disseram maravilhas dela (e realmente ela é maravilhosa mesmo), se você se interessa por esportes, você precisa necessariamente de uma teleobjetiva e não de uma 24-70 mm e assim por diante, não que isso seja regra, você pode ter todas elas que citei aqui, mas dê prioridades ao trabalho que vai fazer.

comprar uma lente e depois descobrir que ela não era tão importante assim pra você acarreta grandes prejuízos, mesmo que você consiga revendê-la, porque, obviamente, você vai perder dinheiro na revenda, mesmo que ela esteja pouquíssimo usada. Tudo na fotografia é muito caro, Desde as lentes até uma simples bolsinha para carregar a sua máquina, tudo tem preço bem salgado. Então antes de sair por aí fazendo grandes gastos por empolgação, tenha certeza absoluta de quais lentes você precisa ter de verdade. E o principal: lembre-se que o que um outro fotógrafo tem não necessariamente é o que você precisa ter também. Afinal cada um tem lentes de acordo com o seu objetivo fotográfico. Descubra o seu objetivo primeiro, com calma, e somente depois invista em novas lentes. Até lá treine bastante com a sua lente do kit!
 

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Sobre o uso irresponsável do termo “invasão de haitianos” pela imprensa

A carta que se segue foi escrita e enviada por Helion Póvoa Neto, coordenador do grupo NIEM (Núcleo Interdisciplinar de Estudos Migratórios), ao jornal O Globo que, em diversas oportunidades, utilizou a expressão “invasão” para se referir aos migrantes haitianos chegados ao nosso país desde 2011.
 
Sua não-publicação até agora, bem como a recusa em publicar outras cartas sobre o mesmo tema em ocasiões anteriores, ao mesmo tempo que prioriza todo tipo de manifestação hostil a estes migrantes, leva a que nos pronunciemos publicamente através de outros meios de divulgação.
 
Como grupo de pesquisadores, professores, estudantes e profissionais que têm uma atuação ligada à defesa e promoção dos direitos dos migrantes e refugiados, expressamos nosso protesto contra as restrições do direito a migrar, defendemos a regularização e o atendimento às demandas dos migrantes que vêm sendo recebidos na fronteira, e recusamos a terminologia securitária e criminalizante adotada por certos veículos de imprensa.
 
O NIEM é um núcleo de pesquisas e debates sobre as migrações no Brasil e no mundo, existente desde 2000 e sediado no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
 
Segue a carta:
 
 
 
Rio de Janeiro, 18 de janeiro de 2014
 
“Invasão” de haitianos?
 
Em sua edição de sexta feira, 17/01, O Globo publicou matéria, assinada por Evandro Éboli, com o título “Tião Viana, do PT, critica governo federal após invasão de haitianos”. O jornal reitera, assim, o uso da expressão “invasão”, já empregada há cerca de dois anos (10/01/2012) com referência ao mesmo grupo de migrantes. E também utilizada por setores da imprensa européia e norte-americana referindo-se à chegada de fluxos, numericamente muito mais significativos, de imigrantes e refugiados africanos, asiáticos e latino-americanos.
 
Ninguém ignora que o Brasil vem sendo destino de um expressivo movimento migratório de haitianos, quantitativamente inferior, aliás, ao de outras nacionalidades, inclusive de origem européia, que mesmo quando em situação irregular, parecem não causar o mesmo alarme. O caso dos haitianos, e de outros migrantes de países do Sul, representa sem dúvida um problema social e humanitário, a ser enfrentado com políticas adequadas de direitos humanos, de inserção no mercado de trabalho, de reforma na atual legislação quanto aos estrangeiros e de uma política imigratória aberta ao futuro.
 
Lidar seriamente com a questão significa estar à altura da posição ocupada pelo Brasil no plano internacional, nem por isso imitando de forma subserviente o vocabulário xenófobo e securitário adotado em muitas nações do Norte, onde forças políticas se aproveitam do pânico criado com a situação dos migrantes para apoiar medidas socialmente retrógradas.
 
No caso da matéria em questão, o conteúdo sequer indica que a palavra “invasão” foi utilizada pelo governador mencionado. Parece que o uso, no título, de palavra mais adequada a intervenções militares do que a famílias e trabalhadores migrantes, expressou antes uma opção editorial do jornal que um respaldo em declarações de autoridades. Chamar migrantes de “invasores” denota hostilidade, favorece aqueles que apostam na criminalização e no atraso social. Uma terminologia, portanto, que um veículo de comunicação responsável faria bem em evitar.
 
Atenciosamente,
 
Helion Póvoa Neto - Professor da UFRJ, coordenador do NIEM 

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Já imaginaram se não existissem as fotografias e os fotógrafos?

Gleilson Miranda e o saudoso Ramiro Marcelo
Sabe aquelas fotos do seu primeiro aniversário? Então, foram feitas por um fotógrafo. Existem os fotógrafos profissionais, e também aqueles que tiram fotos apenas por hobbie, pelo gosto em fotografar. As fotografias guardam para sempre os momentos, emoções e sentimentos expressados algum dia da sua vida, a fotografia, antes de tudo é um testemunho. Quando se aponta a câmara para algum objeto ou sujeito, constrói-se um significado, faz-se uma escolha, seleciona-se um tema e conta-se uma história. Cabe a nós, espectadores, o imenso desafio de lê-las pois elas estão por toda parte, revistas, jornais, cartazes, livros, outdoors, videogames e muitas vezes até canais de televisão fazem uso da fotografia, isso sem falar nos momentos importantes que não passamos sem tirar fotos como nas festas e quando estamos em férias! 
É preciso muito estudo e conhecimento para se tornar grande nesta área. A luz, por exemplo, é um elemento fundamental que precisa ser tratado com maestria para se obter uma boa fotografia.

Não fazemos uma foto apenas com uma câmera, ao ato de fotografar, trazemos todos os livros que lemos, os filmes que vimos, as músicas que ouvimos, as pessoas que amamos. Portanto hoje, dia 8 de janeiro de 2014, dia em que comemora-se mais um dia do fotógrafo, queria deixar aqui registrado o meu carinho e reconhecimento aos amigos, não só pessoais, mas de profissão que fazem dessa arte o seu ganha pão diário e nos brindam com belas imagens todos os dias, porque fazem sim aquilo que amam. São eles: Diego Gurgel, Val Fernandes, Gleilson Miranda, Sérgio Vale, Arisson Jardim, Odair Leal, Marcos Vicentti, Regiclay Saady, Ângela Peres, Rose Peres, Dhárcules Pinheiro e através desses grandes nomes quero parabenizar todos os outros fotógrafos, anônimos ou não que se por um acaso eu esqueci o nome de alguém, me perdoem. Parabéns Fotógrafos!