quarta-feira, 6 de novembro de 2013

STF quer jornalistas diplomados; onde estão os cozinheiros?

Ironia. O mesmo Supremo Tribunal Federal (STF) que derrubou o diploma para o exercício da profissão de jornalista agora abre concurso para jornalistas diplomados!
Após mais de quatro anos da estúpida decisão, capitaneada pelo ministro-relator Gilmar Mendes, que chegou a comparar o jornalista a um cozinheiro, o douto colegiado de ministros abre um concurso que será apenas para profissionais diplomados.
Li o edital com cuidado. Atribuições como cozinhar o velho e bom arroz e feijão ou saber preparar um tradicional Coq au Vin francês, para oferecer aos coleguinhas do Itamaraty, não fazem parte das habilidades exigidas.
O edital é claro:
“CARGO 3: ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA: APOIO ESPECIALIZADO – ESPECIALIDADE: COMUNICAÇÃO SOCIAL
REQUISITOS: diploma, devidamente registrado, de curso de nível superior de graduação em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo, fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC, e registro na Delegacia Regional do Trabalho.
DESCRIÇÃO SUMÁRIA DE ATIVIDADES: realizar atividades de nível superior, de natureza técnica, relacionadas ao planejamento, organização, coordenação, supervisão, assessoramento, estudo, pesquisa e execução de tarefas que envolvam todas as etapas de uma cobertura jornalística integrada: produção, redação, reportagem e edição de conteúdos para mídias eletrônicas como rádio, TV, internet e imprensa escrita.”
Se você se interessou, não adianta mais correr, isso só foi amplamente divulgado agora, pois o período de inscrições para o concurso organizado pela Cespe (que na minha opinião, também é uma empresa vagabunda) foram até o dia 4 de novembro.
O salário é bom, pouco mais de 7,5 mil reais, mas são apenas três vagas sabendo-se que há vacância de mais de setenta, considerando-se todas as mídias que trabalham no STF e, diga-se de passagem, realizam um ótimo trabalho por sinal. A carga horária também não é a nossa, o velho e utópico sonho de cinco horas por dia ou sete, no máximo.
Acho que isso só fortalece nossa luta em prol da exigência do diploma para o exercício do Jornalismo tendo em vista que, nem quem derrubou o diploma e promoveu uma censura indireta em nosso trabalho, usa do mesmo mal que propagou, atendendo a interesses pra lá de escusos.
Dotes culinários? Deixe-os para os finais de semana. Isso se não houver plantão.
Extraído do site da fenaj cujo título original é: "“STF faz concursos para jornalistas diplomados. Cozinheiros não servem!”; alguns comentários foram feitos tomando por base o texto de Sylvio Micelli, que é jornalista profissional diplomado e servidor público concursado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Ao Mestre com Carinho

Penso que esta é a oportunidade ideal para agradecer por tudo que me foi ensinado pelos meus mestres em todos esses anos da minha vida, tive os melhores que uma criança, adolescente e adulto pode ter para uma formação, não só acadêmica mais também de caráter.
Em tua profissão tens a difícil missão de tornar possíveis os sonhos do mundo, que bom que esta tua vocação tem despertado a vocação de muitos. Parece injusto desejar-te um feliz dia dos professores, quando em seu dia-a-dia tantas dificuldades acontecem, a rotina é dura, mas você ainda persiste, teu mundo é alegre, pois você consegue olhar os olhos de todos os outros
E fazê-los felizes também.
Ainda lembro da tia Francisca da alfabetização segurando minha mão e me mostrando com toda paciência e dedicação como que eu escreveria um simples “A”, e se não fosse aquela mulher com semblante leve e de sorriso fácil no rosto, eu não estaria aqui escrevendo essas mal traçadas linhas.
Ao longo da vida foram muitos que passaram seus ensinamentos pra nós, muitas vezes, mal compreendidos por nos darem uma bronca, por nos colocarem pra fora da sala porque a conversa estava demais, hoje eu sei que não era por mal e sim para o meu próprio bem, eles não precisavam aprender aquilo, eu precisava. O que seria do maior de todos os seres se não existisse o professor, onde estariam os médicos, engenheiros, advogados, jornalistas, arquitetos, diplomatas, enfim, se não pudesse contar com a sua atuação?
Antes de concluir, não podia deixar de registrar o nome de alguns que realmente foram marcantes na minha caminhada. A professora Francisca da Alfabetização, que foi a tia que me ensinou a ler e escrever, depois teve a professora Rosimeire na segunda série que era de quem eu escondia que tinha piolho (não espalhem meu segredo), mais lá na frente na quarta série veio a Professora Amélia, carinhosamente chamada de tia Amelinha, a melhor mediadora de conflitos que eu já conheci, muito mais na frente teve o professor de física mais temido de todos os tempos, Francisco, aí vieram o professor Lidermir, a professora Giana, e acreditem, o Davi Friale foi meu professor de Física também, e todos os outros que tive na faculdade. Tenho que deixar registrado também os parabéns mais do que especial para a Tia Bartira, essa não foi minha professora na escola, mas é a professora com quem eu mais convivi até hoje (é minha tia de verdade), já ensinou muita gente a ler, hoje está curtindo a merecida aposentadoria, mas nunca perderá o mérito e nem a importante patente de Mestre. Tem também a Renata, prima que ganhei lá de Porto Velho, que quem tiver a oportunidade de um dia conversar com ela, saberá de fato que assim como todos os outros aqui citados, faz porque ama.
Enfim, O meu carinho e gratidão a vocês, que além de transmitir seus conhecimentos e suas experiências, souberam apoiar-me nas minhas dificuldades.

Parabéns aos nossos mestres que nos convidaram a voar em sua sabedoria, mesmo sabendo que este voar dependeria das asas de cada um de nós.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

PROFISSÃO: VOLTAR VIVO

A estranha vocação que move fotógrafos a extrair arte e beleza de zonas de conflito


Lourival Sant’Anna*, correspondente de guerra do Grupo Estado, escreve sobre a estranha vocação que move fotógrafos a extrair arte e beleza de zonas de conflito. E mergulha na rotina de fotógrafos como André Liohn e Maurício Lima


Foto: André Liohn

Homem caminha em rua de Porto Príncipe, após o terremoto de 2010 que devastou a capital haitiana. Após esse clique de André Liohn, pouca coisa mudou: o país segue sem assistência internacional e há escombros por toda parte
Passava das dez da noite e eu estava cada vez mais inquieto, enquanto escrevia minha matéria no “centro de imprensa” improvisado num salão do hotel El-Fadeel, em Benghazi. Os fotógrafos Paulo Nunes dos Santos e David Sperry tinham ido naquela manhã para o front em Ajdabiya, 160 quilômetros a oeste, e já deveriam ter voltado. De repente, Paulo, um português de 34 anos radicado na Irlanda, surgiu na entrada do salão. Nossos olhares se cruzaram. Olhei para os lados e não vi David. Então entendi sua expressão de desespero. Levantei e fui correndo até ele.
“O David ficou nas dunas”, disse ele. “Na verdade, não sei o que aconteceu com ele. Quando escureceu, o motorista me chamou e disse que ia embora imediatamente. Eu disse que tinha de encontrar o David primeiro. Ele disse que se eu não viesse com ele já, ele voltaria sozinho. Eu não tinha outra saída a não ser voltar.”
Passaram-se duas longas horas. Até que David, um americano de origem coreana, 28 anos, apareceu na entrada do salão. “Voltei num ônibus para rebeldes que não têm carro para ir lutar”, contou ele sorrindo. Eu não sabia se ficava bravo ou feliz. Paulo e David já tinham nos passado um susto poucas noites antes, quando foram atacados por franco-atiradores à caça de jornalistas, ao cruzar do nosso hotel, o único com internet, para o hotel onde dormiam, a 500 metros dali. Os dois se jogaram no chão e viram uma granada cair na calçada perto deles, mas ela falhou.
David mostrou as fotos no monitor de uma das três câmeras cobertas de areia que ele trazia penduradas no pescoço. Os projéteis disparados pelos tanques das forças leais ao regime líbio enchiam todo o quadro de algumas das imagens, como bolas de fogo que brilhavam na escuridão. David usava lentes normais. Para fazer aquelas fotos, ele tinha estado absurdamente perto dos tanques. Lembrei da frase de Robert Capa, o húngaro que praticamente fundou a fotografia de guerra com sua cobertura da Guerra Civil Espanhola: “Se suas fotos não estão boas o suficiente, você não está perto o suficiente”.
Foto: Maurício Lima
Morador observa a destruição da guerra em mais uma imagem de Maurício Lima feita para o New York Times na cidade síria de Sirte ano passado
Estive com Juca Varella no Iraque, Jonne Roriz no Haiti, Armando Favaro no Irã, Evelson de Freitas na África do Sul, Dida Sampaio na Rússia, Wilson Pedrosa em Honduras, porém costumo partir sozinho nas minhas andanças, e isso inclui as guerras. Mas convivo muito com fotógrafos, que muitas vezes também andam desacompanhados nessa experiência essencialmente solitária – o que pode ser mais solitário que o convívio com a morte? – que é a cobertura de guerra.
Fotografo e gravo tantos vídeos que, quando a revista Trip me ligou para falar desta matéria, já ia explicando que não sou fotógrafo de guerra, até entender que eu seria o autor, não um entrevistado. Estou tão absorto no ofício de contar histórias que não vivo mais as diferenças entre escrever, falar, fotografar e filmar. O fotógrafo brasileiro André Liohn, vencedor deste ano da Medalha de Ouro Robert Capa, o mais importante prêmio da fotografia de guerra, também se preocupa mais com a história que com sua identidade de fotógrafo: “Minha fotografia é só uma desculpa para eu estar ali, participando daquilo tudo e de alguma forma opinando sobre aquilo que está acontecendo”, disse André em abril ao programa Roda viva, da TV Cultura. “E, se posso participar de forma mais ampla fotografando e filmando ao mesmo tempo, melhor ainda. Gravo vídeos em situações que vejo que o filme conta melhor a história.”
André, 39 anos, vive com a mulher e dois filhos pequenos em Ariano Irpino, na Itália. Cruzei com ele uma vez no Haiti e duas na Líbia, e estivemos simultaneamente em vários outros países. No momento, está na Síria, para a revista alemã Der Spiegel.
Direto de CabulNão há um perfil uniforme dos fotógrafos de guerra. Maurício Lima, hoje o mais atuante fotógrafo de guerra brasileiro, ao lado de André, tem uma vivência diferente na questão multimídia: “Não consigo pensar em duas coisas ao mesmo tempo. Fotografar já é suficientemente difícil”, escreveu Maurício, que respondeu minhas perguntas por e-mail, de Cabul, onde está cobrindo o conflito do Afeganistão para o jornal The New York Times.
“Ninguém gosta de cobrir conflitos”, diz Maurício, 37 anos, solteiro, que teoricamente mora em São Paulo, mas passou oito dos 12 meses de 2011 viajando a trabalho. “É necessário e fundamental. É uma vertente na fotografia que, se bem executada, pode servir de agente transformador e de denúncia na vida das pessoas porque mexe com a emoção, o sentimento, a sensibilidade do fotografado e do fotógrafo.”
Maurício usa lentes 50 mm (normal) e principalmente 35 mm (grande-angular), que o obrigam a estar muito, mas muito próximo da cena. Ele vê a proximidade como necessária não só do ponto de vista técnico, descrito por Robert Capa, mas da compreensão e do sentimento do que se passa: “Para isso, você precisa estar perto, respirar aquele sentimento que não deixa dúvida sobre a que você veio. Mas isso depende essencialmente da dedicação e da perseverança do fotógrafo, daquilo em que ele acredita. Sou inquieto, curioso, de uma certa forma inconformado com muito do que já testemunhei até agora. As pessoas querem saber com mais profundidade se aquilo ainda existe, de que forma e por que nas suas nuances mais particulares. É uma fotografia ambígua que, ao mesmo tempo que diz que isso aconteceu ou acontece, quer dizer na verdade que isso não deveria acontecer novamente, ou que deveria parar de acontecer imediatamente”.
Sobre os conteúdos emocionais que se acumulam no peito do correspondente de guerra e o encorajam a encarar a morte, Maurício fala em inconformismo e André, em revolta: “A revolta me levou a cobrir guerra. Quero expressar na fotografia o momento de trauma. A vida da pessoa vai ter que mudar. A pessoa vai ter que tomar decisão sobre pra que lado ela vai. A vida como era até então não vai existir mais. A pessoa que vê essa foto, espero que também se relacione com esse momento de trauma e diga ‘não vi isso antes, não senti isso antes’. Não é chocar. É ter consciência de que a vida tem que tomar direção nova. Me identifico com toda pessoa que se insatisfaz com a realidade e quer mudar isso”.
À pergunta sobre se é “viciado em adrenalina”, André responde: “De jeito nenhum. Eu dirijo devagar”. Maurício: “Sou viciado em distintas culturas, etnias, credos, na paixão por contar histórias das vidas das pessoas afetadas direta e indiretamente por conflitos, em usar a fotografia como canal de voz para comunidades e grupos de pessoas esquecidas pelo noticiário nos lugares mais remotos do planeta, por documentar as transformações do mundo moderno com maior profundidade. Isso é o que me move como ser humano e como fotógrafo”.
Num simbolismo do quanto suas imagens são impulsionadas por sentimentos que vêm de dentro deles, ambos os fotógrafos têm problemas de visão.
Como todo correspondente de guerra, André e Maurício tiveram experiências que os marcarão para sempre. De todos os tipos. Durante a batalha de Misrata (Líbia), em abril do ano passado, um morteiro caiu no local onde André cobria o resgate de escudos humanos pouco tempo depois de ele sair de lá, matando os fotógrafos Tim Hetherington e Chris Hondros e ferindo Guy Martin e Michael Christopher Brown. Por falta de eletricidade para refrigeração, não havia meio de manter os corpos ali, e os médicos do hospital de Misrata perguntaram a André o que deviam fazer com eles. André não tinha contato com suas famílias nem empregadores. O jeito que encontrou foi anunciar a situação no seu Facebook, mesmo sabendo que as famílias se chocariam com a notícia. Rapidamente a Getty Images, para a qual ambos os mortos trabalhavam, entrou em contato, e André apagou o texto do Facebook.
Maurício fez um ensaio fotográfico com Ayad Ali Brissam Karim, um menino iraquiano que perdeu a visão do olho direito e ficou somente com 20% da do olho esquerdo. Ayad foi obrigado a deixar a escola porque sofria bullying devido aos ferimentos de queimadura no rosto. Maurício encontrou o menino e seu pai nas ruas de Bagdá, quando pediam ajuda com um prontuário médico em mãos. “Quase dois anos mais tarde, soube através de uma editora da revista Time que esse ensaio havia sido publicado à época no The Washington Post, e que uma família americana se sensibilizou, foi ao Iraque em busca de Ayad e o levou para tratamento de córnea nos EUA”, conta Maurício. “Essa história mexeu profundamente comigo antes mesmo de saber das consequências. Fez pensar que valeu a pena o comprometimento por documentar a guerra do Iraque, que foi a maior vergonha ocorrida nas últimas décadas.”
Ser fotógrafo de guerra é viver confrontado com a própria impotência diante da barbárie e da morte. Mas é também, em um dia de sorte, fazer a diferença em uma vida que seja.

Foto: Arquivo Pessoal
André Liohn, que este ano ganhou o prêmio Robert Cappa de fotografia de guerra. Liohn foi o primeiro sul-americano a ser premiado, e assistiu à morte de dois fotógrafos colegas seus em Misratah

Foto: André Liohn
Rebelde é atingido pelas forças pró-Muammar Gadaffi, na cidade de Misratah

Foto: Maurício Lima
Na Líbia, rebelde comemora após achar rifles e munição em uma área residencial da cidade de Sirte. O brasileiro Maurício Lima fez essa foto quando esteve no país ano passado, trabalhando para o The New York Times

Foto: Maurício Lima
Rebelde sírio que lutava contra as forças do ditador Gaddafi tomba baleado (no braço) logo após outro tiro ter atingido o peito do homem caído no canto direito da imagem. O flagrante de Maurício Lima foi captado ano passado em uma cobertura da cidade de Sirte


*Lourival Sant'Anna é correspondente de guerra do Grupo Estado

sexta-feira, 8 de março de 2013



O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, tem como origem as manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada da Rússia czarista na Primeira Guerra Mundial. Essas manifestações marcaram o início da Revolução de 1917. Entretanto a ideia de celebrar um dia da mulher já havia surgido desde os primeiros anos do século XX, nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas de mulheres por melhores condições de vida e trabalho, bem como pelo direito de voto. Hoje pra mim, todo esse contexto histórico não faz mais muito sentido, o que realmente interessa nesta data, é a celebração de um dia merecidamente delas. Nada mais justo ter um dia dedicado só pra elas, especialmente escolhido pra homenagear essas guerreiras que tem o poder de conciliar trabalho, emoção, lar, esposos, filhos e são mestras na arte de amar.
Me orgulho de ter na minha vida, ou melhor, de fazer parte da vida de várias dessas guerreiras, guerreiras essa que são mães, filhas, esposas, sogras, noras, netas.
Obrigado Luciana (mãe), Gorette, Inês, Bartira, Glória, Neuza, Flora (tias), Meu amor Kimy (esposa), Orleny (sogra), Brenda (cunhada),Bruna e Vitória (Sobrinhas). Obrigado por fazerem parte da minha vida e obrigado por ter construido meu caráter e terem me ensinado a ser o Homem que hoje eu sou.

Parabéns pelo seu dia, amo muito todas vocês!

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Amo muito tudo isso

Todos já observamos nos comerciais das novelas e dos programas que mais gostamos a nova campanha publicitária da rede McDonald's.
A campanha produzida pela empresa Taterka intitulada "Muito além da cozinha" foi criada para ser distribuida para 17 países da américa latina na tentativa de ludibriar o consumidor mostrando fazendas de criação de gado de corte de onde supostamente é feita a carne de seus hamburgueres e plantações gigantescas de alfaces e batatas maravilhosas. Quando o comercial começa tenho vontade de processar a rede de fast food por tal violação da minha inteligência. "Os sanduíches do McDonald's você já conhece, o que você ainda não conhece é a origem dos nossos produtos." É com essa tão linda frase que começa o comercial, com belas imagens de todos os produtos que certamente não chegam até o consumidor. E tem mais, eu gostaria de descobrir realmente de onde vem as batatas, a alface e a carne servida nos sanduíches da rede, tenho certeza que não é dessa fazendinha fantasiosa.

A pouco tempo tive o desprazer de comprar uma dessas "delícias", e como sempre acontece observei todo o marketing inserido naquele pequeno sanduíche. Na caixinha tinha escrito: "Um sabor que você não esperava", logo abaixo: "Abra a caixinha e surpreenda-se".


Naquele momento me senti como o Michael Douglas no filme Um dia de fúria. Onde estava aquele hamburguer macio com 5 cm de altura e bastante picles?


Me deram essa coisa magra e miserável que vocês podem ver na foto. Realmente, não tem nada mais gostoso que um pão ensopado de catchup, uma carne crua e uma rodela de pepino que eles chamam de picles.

Se eu tivesse uma submetralhadora eu a teria sacado também. 

Qual é o problema da rede, o que tem de errado em fazer um sanduíche pelo menos parecido com o anunciado nas fotos das campanhas? 
Ao invés de gastar todo esse dinheiro com campanhas milionárias, poderiam melhorar o atendimento nas suas franquias e padronizar de fato o produto servido. Se não conseguirem fazer isso, poderiam investir então o dinheiro na confecção de um nariz de palhaço para cada sanduíche servido, porque é assim que me sinto e é assim que somos tratados, como o mascote da marca, verdadeiros palhaços. 

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Como os jornalistas são vistos pelos leigos

Minha esposa me mostrou esse texto um dia desses aí, achei por demais interessante por ser exatamente isso que vem a mente das pessoas quando nós jornalistas nos apresentamos como tal.Então, tomei a liberdade de retirar o texto postado por Duda Rangel do blog Desilusões Perdidas e postar aqui também, é muito bom!

O leigo imagina que todo jornalista trabalha em TV, ou melhor, na TV Globo. Jornalismo se resume à TV Globo. Você não aparece no Jornal Nacional? Não? Mas você não é jornalista? Ah, você só escreve. Entendi. Que louco, mas a tua cara é muito conhecida.

O leigo acha que jornalista quebra todos os galhos por ter acesso a gente famosa. Pega o autógrafo dos jogadores do Corinthians nessa camisa. De todo mundo, tá? É pro Dudu, meu sobrinho. E não esquece o do Ganso. Ah, é Pato? Vixe, confundi os bichos.

O leigo acredita que jornalista resolve todas as encrencas de texto da humanidade. Amor, faz a minha carta de pedido de emprego. Faz, vai, você é jornalista, é craque em escrever. Te amo! Ah, dá pra revisar também esse poeminha que eu vou botar no Face?

O leigo supõe que jornalista ganha um puta salário. Já que tu é jornalista, me empresta uns duzentos! É pra pensão da minha ex. Cinquentinha, então. Dez reais, tu não tem dez reais? Caraca, meu irmão, pensei que tu ganhava bem. Tu não trabalha na Globo?